"Não sei porque acham que tenho cara de mau", diz o ator Kiko Pissolato

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2014 11h16
Nathália Rodrigues/Jovem Pan

Prestes a estrear a peça Manual para dias chuvosos em São Paulo, Kiko Pissolato aproveita uma pausa nos trabalhos de novelas da Rede Globo para focar no teatro. Segundo ele, seu maior interesse é escrever e dirigir, e ele espera abrir seu próprio teatro ainda em 2014. “Eu não sou ator global, mas isso é bom, porque me dá independência”, diz ele.

Kiko conta que durante os trabalhos na TV é reconhecido na rua, mas que atualmente usa o transporte público sem que as pessoas lembrem quem ele é. Nos seis trabalhos nas novelas da Globo, fez o papel de um policial e cinco bandidos. Ele fala mais sobre papéis estigmatizados: “Não sei porque eles acham que eu tenho cara de mau. Cheguei na Globo pelo tipo físico, pela altura, voz grave. Tenho amigos melhores que eu que não conseguem papéis”.

Segundo ele, o que poderia ajudar a mudar essa situação é a oportunidade de mostrar que o ator pode ter outros papéis. “O ator precisa se exercitar em vários lugares e mostrar isso, nem que seja começar pelo teatro e cinema e depois ir para a TV”, aconselha.

Kiko comenta o papel de motorista na novela Amor à vida, em que contracenou com Susana Vieira. “O motorista é o fetiche em todas as novelas”, brinca. Questionado sobre como foi o beijo com Susana, ele respondeu muito animado: “com muito gosto e prazer”. Depois ele acrescentou que até pode ter ficado marcado como o cara que “pegou Susana Vieira”, mas que a partir do momento em que ela tiver outro par romântico na próxima novela, ele será esquecido. “Mas foi um prazer, ela me recebeu de braços abertos”, finalizou.

Em pleno outubro rosa, de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, ele chamou a atenção para os cuidados com o próprio corpo. “Eu tive câncer. A descoberta no início é fundamental”, alertou. Kiko passou por um câncer de testículo e atualmente é padrinho do Instituto Boldrini, em Campinas, que trabalha com crianças com câncer.

Manual para dias chuvosos

Ao lado de Danielli Guerreiro e Greta Antoine, ele faz um trio que passa uma semana confinado em um apartamento por causa de um período de muita chuva e caos na cidade de São Paulo. Com humor ácido e linguagem rápida, os personagens acabam revelando seus defeitos e neuroses. O texto e direção estão por conta de Dan Rosseto.

“A questão da chuva é um tema atual. O fato é que estamos ficando sem água, até que ponto a gente vai continuar se enganando? Na peça é o oposto, muita água, o grupo fica preso no apartamento sem energia, sem internet, e o grupo tem uma situação de caos interno e externo”, adianta. 

Serviço:
Manual para dias chuvosos
Período: de 18/10 até 14/12
Sábado às 21h e Domingo às 19h
Local: Viga Espaço Cênico
Rua Capote Valente, 1323, Sumaré

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