Cobrada pelos fãs, Anitta faz texto sobre Marielle Franco – mas apaga em seguida

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 16h50
Reprodução/ Instagram

Anitta demorou para se manifestar sobre o assassinato de Marielle Franco e quando o fez, apagou. Pressionada pelos fãs, a cantora se pronunciou sobre a morte da vereadora nesta segunda-feira (19), cinco dias após a data do crime – mas excluiu o texto menos de 1 hora depois.

No começo da tarde, Anitta explicou o motivo de não ter se posicionado e criticou os fãs que a estavam pressionando. “Eu ia fazer um post daqui um tempo… que era quando eu achava que faria sentido pra mim. Mas não tive muita paciência pra aturar o ódio gratuito dos internautas até lá. Então.. se alguém estiver interessado em saber minha opinião sobre o caso Marielle, leia esse texto imaginando que o escrevi daqui 3 meses”, iniciou.

A repercussão do post foi imediata. Pelas redes sociais, muitos comentaram que era melhor Anitta não ter falado nada. A cantora então apagou o texto do post e o substituiu por um emoji de coração partido.

A pressão em cima de Anitta para que ela se manifestasse veio por conta do clipe de “Vai Malandra”, gravado no Vidigal, e “Machika”, em que ela canta que é a “sensação da favela”. Os fãs ficaram incomodados ao verem Anitta falar tanto sobre a favela, mas não se pronunciar quando uma líder das comunidades, como era Marielle, foi assassinada.

Veja o post inicial completo de Anitta:

“Marielle ainda está presente? Espero que sim, espero que pra sempre. Essa seria a melhor demonstração da frase ‘o feitiço virou contra o feiticeiro’ que já presenciei. Quem achou que calaria uma voz tão alta com um tiro se enganou. Milhões de brasileiros fizeram com que essa morte não fosse em vão e essa voz não se calasse. Eles pensam “daqui um mês o povo esquece”. Não se esqueçam, povo, por favor. Ainda lembramos da juíza Patricia Acioli (morta nas mesmas circunstâncias)?, ainda lembramos do menino João Hélio? Sentimos a dor da perda de cada policial que morre em serviço? Espero que sim. Não me importa se Marielle era de direita, de esquerda, de frente, de costas , lésbica, ou mãe precoce ou sabe lá mais o que. Ninguém merece morrer. Nada justifica que se tire a vida de qualquer pessoa. Acredito que a própria não pediria a morte dos corruptos que denunciava. Pedir justiça é diferente de pedir a morte. Para mim, Anderson, seu motorista, era tão importante quanto ela, pois são todos seres humanos. Se ela não fosse feminista como eu, também teria meus sentimentos, se não fosse favelada como eu, também teria meus sentimentos. De esquerda, direita, hetero, gay, pecador, religioso, o que for… Ninguém merece morrer.”

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Uma publicação compartilhada por anitta ? (@anitta) em 19 de Mar, 2018 às 9:21 PDT

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